quarta-feira, 1 de junho de 2011

Abalado, Castán desabafa: 'Tinha gente me chamando de assassino'

O zagueiro Leandro Castán se emocionou ao falar nesta quarta-feira sobre o amigo Leonardo Miguel Calixto Pessuti, de 20 anos, ferido por ele com um tiro de espingarda de pressão durante uma confraternização, em Jaú, interior de São Paulo. Em sua primeira entrevista coletiva desde o fato, o defensor do Corinthians explicou detalhes do que aconteceu e disse ter ficado chateado com alguns comentários que leu na internet de que seria assassino.

Castán prometeu que nunca mais brincará de tiro ao alvo e revelou ainda que Leonardo se preparava para se tornar um jogador profissional. Ele assinaria contrato com o São Judas para disputar a Série B do Campeonato Paulista, correspondente à Quarta Divisão.

Tiro
“Era uma confraternização, fazia tempo que não via meus amigos e os chamei para ver meu filho, que está começando andar. Fui querer mostrar a arma de chumbinho, que é comprada em shopping. No momento que fui preparar a arma para ele dar o tiro, ela disparou. Não atirei em ninguém. Ele é um amigo de infância. A hora que a arma disparou, assustei e perguntei se pegou nele. Ele disse que pegou, e minha mãe veio correndo. Ele ergueu a camisa e vi um furinho. No carro, ele sentiu um pouco de falta de ar e, quando cheguei ao hospital, ele começou a tossir sangue. Comecei a chorar, mas o Léo foi muito bem atendido. Quero agradecer à Santa Casa”.

Brincadeiras
"No hospital, ele gesticulou para o meu pai pedindo que eu ligasse. Liguei para ele e falei para sair logo do hospital, que tinha gente me chamando de assassino. Quem me conhece sabe que eu nunca atiraria em um ser vivo, em um bicho. Fiquei chateado. Minha irmã nem na escola foi. Fico triste por terem pessoas com essa maldade no coração. Acabei vendo algumas piadinhas. Fiquei muito chateado, minha esposa chorou".

Carreira do amigo
“Fiquei muito triste porque o Léo estava acertando com um time, sei da luta dele para se tornar jogador. Ele estava assinando um contrato de seis meses com o São Judas. Vamos ajudá-lo e ele vai realizar esse sonho”.

Tiro ao alvo jamais
“Nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Meu pai sempre falava para não mexer com essas coisas. Eu brincava de atirar nos patinhos de metal. É uma coisa que não quero nunca mais para a minha vida. O delegado também me disse para jogar bola, mexer só com o futebol”.

Futuro
"Agora que estou superando tudo isso. Parece que está saindo um peso do meu corpo. O pai dele pediu que eu treinasse e seguisse minha carreira e não deixasse que nada de ruim acontecesse porque eu estou vivendo um momento muito bom. Se Deus quiser, vai sair um gol e vai ser para ele. Não vejo a hora do Léo sair do hospital e poder vir para cá conhecer o pessoal e passear".


Fonte: Globo.com

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